ESTATÍSTICA DIÁRIA

ADMIRADORES DAS IDEIAS

sábado, 2 de outubro de 2010

DO LIVRO: BISACO DE PENSADOR MAIS UMA RUMA DE IDEIA





BISACO DE PENSADOR
(Autor: M. C. Garcia)

Carrego idéias no meu
Bisaco de Pensador:
São poetas e filósofos
Justos no bem, no amor.
Sou arauto da palavra,
Da poesia, Lavrador.

No meu humilde Bisaco

Tem poeta nordestino;
Do Romance ao Cordel
Da moira ao desatino,
Reflete todos mortais:
Que terão mesmo destino.

E vem de remotos tempos,

Epopéia Universal:
Ilíada e Odisséia
Antiga poesia oral,
Desse poeta Homero,
Trovador descomunal.

E o fundamento oral

Leva nome poesia.
E por sua vez, Parmênides
Fez sua Filosofia
Poema Da Natureza:
Base da Ecologia.

No meu Bisaco têm Sócrates,

Aristóteles, Platão.
A Filosofia grega
Trazida por geração;
Pré-socráticos, também:
Heráclito e Zenão.

São Filósofos, Poetas

Que buscam elevar o Ser
Em nome da Metafísica,
Que só enaltece o ter
Essência de fazer Bem,
Desprendimento viver.

E dos Cristãos Pensadores

Eis, São Tomás de Aquino,
E, também Santo Agostinho,
Uma dupla do destino
Do nosso mundo cristão,
Pelo Deus nosso Divino.

Filósofo do Sertão,

Violeiro cantador;
E quem romanceia terra
É chamado escritor;
Os que falam com encanto:
Cordelista, glosador.

Eis Luiz Gonzaga, Rei,

Que criou, cantou Baião;
Também, José de Alencar:
Iracema, a Criação.
Do Assaré, Patativa
Fez poesia do Sertão.

Pois carrego menestréis,

Bem como os cordelistas:
Zé Limeira; Zé Praxedes
E também os repentistas:
Negra Chica, Zé da Luz,
Poetas popularistas.

Eu tenho no meu Bisaco,

O Pavão Misterioso;
João Grilo, Amarelinho;
Cancão de Fogo, tinhoso.
São Clássicos do Cordel
Desse clã maravilhoso.

Vamos pra Literatura

Do meu Barroco Brasil.
O Gregório Matos Guerra,
Boca de Inferno mil
Da crítica, da política,
Da igreja ao Pastoril.

Tem agora o Arcadismo

No bucolismo a plaga
Em Marília de Dirceu,
Obra que não se apaga.
Glauceste, amigo de
Tomás Antônio Gonzaga.

Eis, então, o Romantismo.

Nessa poesia a Corrente
Dividida em três fases
Porque surgiu muita gente,
A retratar o Nordeste,
Pobre terra indigente.

E vejamos Castro Alves,

Um condoreiro, à vista;
Eis também Gonçalves Dias,
O Poeta indianista;
E o Graciliano Ramos,
Do Romance sertanista.

Machado de Assis foi

Realista, o precursor.
Academia de Letras
Fez, e poetou o amor
No seu livro: Dom Casmurro,
Capitu - mulher vigor.

Das estéticas, três linhas:

Vem logo Naturalismo,
Sendo a contemporânea
Desse mesmo Simbolismo;
Antecessor do Moderno,
Eis o Parnasianismo.

Aluísio de Azevedo,

Poeta Naturalista;
Alphonsus de Guimaraens,
Verdadeiro Simbolista;
Poeta Olavo Bilac,
Príncipe Parnasianista.

Os Pré-modernistas, veja

Onde Os Sertões e tudo
Fala o Euclides da Cunha
Do Conselheiro Barbudo.
E vem Augusto dos Anjos,
Grande poeta raçudo.

E entremos no Moderno,

Eis a Semana de Arte,
Teatro Municipal.
E é São Paulo quem parte
No ano de vinte e dois
Pra terra de Malazarte.

A Obra Macunaíma

Deste Mário de Andrade,
E Juntamente Oswaldo,
Bandeira quebra a “grade”,
Com o seu poema Os Sapos,
E assim, faz-se confrade.

Eis Corrente genuína

Às terras do meu Brasil,
Porque descobre Cascudo
E outras culturas mil;
E a Antropofagia
É comer estranja vil.

Chegamos ao Concretismo,

Tríade dessa Estética:
Décio, Augusto e Haroldo
Quebram o verso com ética.
Ferreira Gullar, o crítico
Das plásticas, da poética.

Mas, há na Literatura:

A Visual e Processo,
A Marginal e Hai Kai
São Poesias em progresso:
Tem a Experimental...
Todas livres - um sucesso?!

Então, o contemporâneo

Deixou tudo bem legal.
Cresceu a Literatura
E se fez universal.
As correntes se findaram.
Tudo real-virtual.

E há instituições

Que elevam o artista,
Poeta, versejador,
Pensador, socialista
Filósofo, cantador
Bem como, capitalista.

Há poetas nas Favelas

A mostrar realidade,
No som: Rap, Hip Hop,
Transformando a Cidade.
São marginais, não bandidos !
Sabedores da Verdade.

Porém, há alguns parnasos

Que não vivem na real,
Estão inventando moda,
Falando de bem e mal
Poeta e cordelista
Mas, para mim, é normal.

Pensadores e poetas,

Pra mim são todos iguais,
Ante bandeira que levam;
São normais e anormais.
São da Razão-Coração,
Sendo todos Universais.

Sou poeta pensador,

De nome Eme Cê Garcia;
Vou lidando com Palavras,
E escrevo Poesia;
Mas, quando a meditar,
Vivo a Filosofia.

Meu Bisaco, minha Mente.

Por isso, sou Pensador;
Bisaco à tira-colo
Não passa de portador;
São coisas materiais.
Porto, deveras, AMOR.

Esse vai aqui guardado

No CORAÇÃO, na Cabeça,
Eu vou por esse Rincão,
Talvez, você desconheça.
E, lê este meu Cordel,
É PRECISO, NÃO ESQUEÇA !


A CANTILENA DA PAZ*M. C. Garcia
Clamo às musas da paz
Que me oriente agora
Neste meu canto pacífico
Diferente de outrora
Sou menestrel mensageiro
Que aqui a paz implora.

Eis uma nova atitude
De a paz se conquistar
Sócrates, Gandhi e Cristo
É tríade exemplar
Mas hoje, muito mudou
Então, a paz é cantar.

Cante pra corrupção
Aos que promovem a guerra
Cante para todo o mundo
Que vive sobre a terra
Cante sempre com amor
Que todo esse mal se encerra.

Cante para injustiça
Da fome do seu irmão
Cante para a vigarice
Da qual usa o patrão
Pois cante, porque o canto
Transcende em oração.

Meu poema canta a vida
Dos que são discriminados
Dos meninos inocentes
Que vivem abandonados
Sem escola, sem carinho
Sem punição dos culpados.

Cantemos pra que não surja
Entre nós o inimigo
Que possa vir disfarçado
Dizendo-se ser amigo
Meçamos seu coração
Se há ódio – há perigo!

Não darei grito de guerra
Porque eu não sou guerreiro
Faço meu canto de paz
Pois sou poeta altaneiro
Canto mais amor à vida
Como novo justiceiro.

Pois não se deve gritar
Grito é puro horror
Que se cante com beleza
Porque reflete o amor
Para que a humanidade
Supera a sua dor...

Poeta não usa arma
O poeta tem caneta
Escreve com o coração
Com a força de um cometa
Na escrita tem poder
Para salvar o planeta.

Caneta é para a vida
Arma é destruição
Escrevo está metáfora
Em nome da construção
Do bem, de toda justiça
Em forma duma canção.

Todo cuidado é pouco
Dobremos nossa atenção
Do que estamos fazendo
Em nome desta nação
Cantando ou trabalhando
Pela paz e união.

Façamos o nosso hino
Esta bela cantilena
Seja ela a bandeira
E também nosso dilema
Uma forma de oração
No cantar deste poema.

Escrevo como filósofo
Mas, coração de profeta
Quero que este meu canto
Dê à luz a qualquer meta
Voltada em nome da paz
Que traz o homem-poeta.

Pois sou M. C. Garcia
Gente igualmente a vocês
Porém, vivo a refletir
De quando será a vez
De o homem ser ele mesmo
Fugir do seu grande esmo
E deixar desse talvez...

* Poeta e Filósofo

Um comentário:

  1. Oi Maurício, como vai? Passando para te visitar ler teus escritos e deixar um abraço bem apertadinho! Meu carinho, saudades, Ro

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