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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O IRMÃO QUE VIGIAVA - Literatura de Cordel




O IRMÃO QUE VIGIAVA

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Um palco, três tamboretes:
Um era do sanfoneiro,
Outro do mesmo jeitinho,
Que era do zabumbeiro;
Num cantinho do salão,
Entre luz e escuridão,
Tava o do triangueiro.

Foi o melhor tocador:
Sanfoneiro Zé Minhoca;
O maior da região,
Sem fuxico nem fofoca;
Mês de junho, mês de festa,
O povo todo atesta,
O bom artista que toca.
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- Ei, tu não vai pra o baile
 Na casa de Dona Maura?
- Ôxente, se eu não vou
Tô indo já já com Laura!
- Gente, o baile é chique
Que me dá até chilique;
Eu vou convidar Linaura!

- Menina é Zé Minhoca,
Tocador muito famoso!
Já foi até no Chacrinha
E lá tocou Carinhoso;
O maior da região:
Xote, xaxado, baião,
Pense num forró gostoso!

- Viche, que animação, 
Tá me dando farnizim,
Vou pra casa me arrumar
Saciar algum quindim;
Vá também pra sua casa
Senão a gente se atrasa.
- Vou ficar até o fim!
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O mais novo Texto em Literatura de Cordel do Poeta Emecê Garcia